Uma grande nuvem de fumaça, originada principalmente pelas queimadas na Amazônia, está afetando diversas regiões do Brasil, incluindo o Sul, e já cobre áreas de Fazenda Rio Grande e da Região Metropolitana de Curitiba. Esse fenômeno tem causado um agravamento da qualidade do ar, fazendo com que o céu permaneça acinzentado, mesmo sem nuvens. A poluição gerada pelas queimadas, associada ao tempo seco, contribui para o aumento de problemas respiratórios, principalmente entre crianças e idosos.
Segundo dados do INPE, o Brasil já registrou mais de 156 mil focos de queimadas este ano, o maior número desde 2010. Embora alguns incêndios ocorram localmente, como em Fazenda Rio Grande, a maior parte dessa fumaça vem da Amazônia, onde os focos de fogo atingiram níveis alarmantes nos últimos meses. A região amazônica, incluindo estados como Amazonas e Acre, foi recentemente classificada como uma das áreas mais poluídas do mundo, devido ao volume de fumaça acumulado.
Em agosto, Fazenda Rio Grande bateu recorde no número de incêndios, com uma média de 1 a 2 focos por dia, somando quase 40 registros ao longo do mês. Os bombeiros reforçam a importância de a população agir com consciência, evitando atear fogo em entulhos ou vegetação seca, pois isso agrava a poluição e afeta a saúde pública.
Além do impacto na saúde, a fumaça está interferindo na visibilidade e agravando as condições climáticas em várias partes do país. Especialistas têm orientado a população a tomar medidas de precaução, como o uso de máscaras de proteção, manter-se hidratado e evitar atividades ao ar livre em períodos de maior concentração de poluentes.
O governo federal tem anunciado medidas para conter os incêndios, mas a situação continua crítica, e a expectativa é que as condições só melhorem com a chegada de chuvas significativas, que ainda não têm previsão para ocorrer de forma regular em grande parte do Brasil .